24 outubro 2012

(802) SOPA NA SOPA DE ESTRUNFE.



Uma sopa é uma sopa seja ela confeccionada por mãos brancas, pretas, castanhas ou amarelas e terá comedores em qualquer lado se a qualidade e o preço forem adequados.

Mata a fome!


Mas na Vila do Barreiro a sopa alimentou mais do que uma geração. Depois da sopa vinha o conduto: um quarto de pão escuro com um naco de carne cozida comida no poial.  

Não falo por experiência própria, mas foi uma das minhas “frustrações de miúdo “ não o ter feito para ser “igual” aos outros. A outra era andar descalço ou andar à chuva com um casaco de adulto a fazer de sobretudo para ser “igual” aos outros.

Depois a vida ensinou-me que as pessoas não são, nem nunca serão, iguais umas às outras !

A minha vizinha- que muito admiro pela sua inteligência e cultura - jamais despirá a beca da santimónia à madre Teresa de Calcutá para infelicidade dos elefantes, felicidade dos pretinhos e admiração dos ditadores e corruptos dirigentes africanos mais disponibilizados para o saque.

II


É um nunca-acabar de momentos em que fico do lado do Thatcherismo:

“Vivemos num tempo em que se deu a entender às pessoas que, se tiverem um problema, é ao Estado que o cabe resolver.

Preciso de dinheiro, peço um subsídio.’

´Não tenho casa, o Estado que me dê uma ‘.

Essas pessoas lançam os seus problemas sobre a sociedade.

 Ora, a sociedade é uma coisa que não existe. Há indivíduos, homens e mulheres, e há famílias. 

Nenhum governo pode fazer nada sem ser através das pessoas e essas têm, antes do mais, que cuidar de si mesmas.

Temos o dever de cuidar de nós próprios e, depois, de cuidar dos que nos são próximos.

 As pessoas interiorizaram os direitos sem assumirem as obrigações.

Não há direitos sem que haja, primeiro, obrigações *”.

Margaret  Thatcher

A arte de bem governar/estratégias para um mundo em mudança. Página 468 (*entrevista, Womans’s, 31 de Outubro de 1987) Quetzal editores 2002.


Boa tarde.