03 maio 2012

(781) ATÉ QUANDO O SUPLÍCIO DAS GRADES NA AVENIDA DA PRAIA?



(… na manhã seguinte ,  o pessoal repunha as grades!

II

 Estranha confusão de sentimentos que prolifera nesta autarquia, incapaz de uma decisão pró -activa é um permanente decisor pró – reactivo, à la minute, que não pensa nem ouve e não sabe fazer “contas”, convence-se que está fazer mais uma “obra” quando embrulha as suas merdas em papel de lustro.

III

Com merdas ou sem elas, fica a questão:

Com as grades derrubadas ou de pé (tortas ou bem alinhadas, talvez encostadas à parede ou amontoadas a um canto ou no ferro-velho) por quanto tempo mais esta porcaria vai substituir-se ao alcatroamento e à reposição da normalidade na Avenida?

IV

Não tenham ilusões se as eleições fossem hoje a “ escuridão” ganhava e as grades continuariam  para recordar o gulag salazarista [Tarrafal] que matou Bento Gonçalves com topónimo esquecido na Avenida e que não consegue substituir o da “Praia”. 

A justificar esta estranha vitória da “escuridão” encontraremos uma explicação em Freud (psicanalista) ou em Platão (filósofo)?

Nas entranhas da Caverna do filósofo está lá a resposta!

V

[  (…) imagina uns homens numa espécie de morada subterrânea em forma de caverna (…) eles tenham visto, deles mesmos e dos outros, senão as sombras projectadas pela luz do fogo na parede da caverna que lhes fica de frente?] Platão/A República / livro VII/514a515b.


Boa noite.