(781) ATÉ QUANDO O SUPLÍCIO DAS GRADES NA AVENIDA DA PRAIA?
(… na manhã seguinte , o pessoal repunha as grades!
II
Estranha confusão de
sentimentos que prolifera nesta autarquia, incapaz de uma decisão pró -activa é
um permanente decisor pró – reactivo, à la minute, que não pensa nem ouve e não
sabe fazer “contas”, convence-se que está fazer mais uma “obra” quando embrulha
as suas merdas em papel de lustro.
III
Com merdas ou sem elas, fica a questão:
Com as grades derrubadas ou de pé (tortas ou bem alinhadas, talvez
encostadas à parede ou amontoadas a um canto ou no ferro-velho) por quanto
tempo mais esta porcaria vai substituir-se ao alcatroamento e à reposição da
normalidade na Avenida?
IV
Não tenham ilusões se as eleições fossem hoje a “ escuridão”
ganhava e as grades continuariam para recordar o gulag salazarista [Tarrafal] que matou Bento Gonçalves com topónimo
esquecido na Avenida e que não consegue substituir o da “Praia”.
A justificar esta estranha vitória da “escuridão” encontraremos
uma explicação em Freud (psicanalista) ou em Platão (filósofo)?
Nas entranhas da Caverna do filósofo está lá a resposta!
V
[ (…)
imagina uns homens numa espécie de morada subterrânea em forma de caverna (…)
eles tenham visto, deles mesmos e dos outros, senão as sombras projectadas pela
luz do fogo na parede da caverna que lhes fica de frente?] Platão/A República /
livro VII/514a515b.
Boa noite.
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