27 fevereiro 2011

( 744 ) (II) AOS POUCOS VOU PERDENDO AS LIGAÇÕES AFECTIVAS À MINHA TERRA ATÉ AO NADA RESTAR.

Vou perdendo os meus amigos - a gente boa desta terra, a minha gente, em quem confio - e a idade adequada para ter outros, nesta passagem por este mundo que conhecemos.

Perdi o Álvaro Marinho, um velho amigo dos penicheiros antigo, um dos meus interlocutores, nos últimos tempos, das coisas desgraçadas que se passam no Barreiro Velho.

Tenho que relatar este acontecimento para o mesmo constar para a posteridade na Web.

O Marinho foi a alma mater do Clube de Vela do Barreiro (ver AQUI mais informações).
Lutou contra a malvadez da ciganagem que roubava impunemente o património que se encontra no recinto do CVB.
Coisas de merda: pequenas peças dos barcos, parafusos, bóias de sinalização, cordas; coisas inúteis, mas, úteis e imprescindíveis na actividade náutica.
Deslocou-se, várias vezes, à polícia. Resultados: nada de nada!
Em conversa comigo disse-lhe:

- Marinho!

- … resolve-se com arame farpado !
Numa bela manhã ouço um grito a chamar-me.

- Olha!































… é neste corredor , à porta , para o 1º andar, onde defecam ;


continuaria aqui com o arame farpado em jeito de papel higiénico .












Não esquecerei a alegria que dei ao oferecer-te esta foto surpresa


























e que desconheciamos ser o teu último cravo do teu 25 de Abril.

Marinho descansa em paz!
A malta, aos poucos, vai-se encontrando por aí!

Boa tarde.