20 maio 2010

( 679 )AS COSTAS LARGAS DA ARTE PÚBLICA.

O que se segue em baixo responde, em parte, à perplexidade de muitos barreirenses que vêm ao longe o grandioso elemento escultórico de Malangatana,“abandonado” em local indevidonão vivencial - a que ninguém liga a mínima importância, e que serviu unicamente para a actividade política de expansão eleitoralista.

II

“uma estátua honesta é muitas vezes mais interessante que as intervenções abstractizantes que se vêem pelas rotundas de Portugal”, João Fernandes, director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves.

III

(…) Desde os anos 80, que a má qualidade da escultura pública instalada em rotundas tem sido objecto de debate e contestação no seio da comunidade artística, levando alguns artistas, historiadores e críticos de arte a denunciar essa realidade procurando alertar a opinião pública e as entidades responsáveis – principalmente Câmaras Municipais.

Paradoxalmente, todo o esforço desencadeado nesse sentido não obteve resultados imediatos, mas pelo contrário, o fenómeno alastrou-se de tal forma que se tornou numa verdadeira moda, neste momento, pode observar-se a sua implementação quase indiscriminadamente por um grande número de municípios em Portugal.


Os responsáveis por este fenómeno desconhecem a principal função da arte pública, ignoram a sua relação próxima com o público e os novos paradigmas estéticos.


Insistem em considerar a rotunda como um lugar por excelência da escultura urbana, uma ideia completamente errada, porque a rotunda é um espaço fisicamente morto e inacessível e, portanto, deve ser considerado inapropriado para as artes plásticas.


Julgamos que a arte pública deve ocupar, preferencialmente, espaços vivenciais, isto é, ruas, jardins, praças, edifícios e qualquer outro espaço urbano que permita a sua fruição directa. (…)


IV


Veja mais AQUI para compreender a sofreguidão do Barreiro Novo em apresentar Obra no Largo das Obras .


























Boa tarde.