05 novembro 2009

ALGUMA VEZ O BARREIRO IDEALIZOU O SEU FUTURO?



Nunca!

I

Hoje, quis colocar um título, que seria:

Tenho vergonha em ser barreirense no Barreiro, mas, tenho orgulho em ser barreirense fora do Barreiro.

Pareceu-me um bocado complicado!

Desisti. E ficou o que está.

II

Para um barreirense sem gastrite, que nunca engoliu sapos, que tem orgulho em ser barreirense fora do Barreiro, o pelouro oferecido pelo comité central e aceite pelo principal “partido” da oposição, causou-me náuseas.

Muito semelhantes à de Jean Paul Sartre na sua “A náusea”.
As mesmas, ao lembrar-me do irresponsável condutor fulminado a 130, cuspido do veículo e atropelado 10 vezes seguidas por quem não conseguia parar a tempo.

Ninguém já falava do acidente, mas sim nas dez vezes.
Morreu à primeira, depois à segunda, e por ai adiante até às dez. Sempre a morrer!

No velório diziam:

Coitado, quem diria, depois de morto passaram-lhe por cima dez vezes, como se a hora marcada quisesse mesmo ter a certeza que não falhava.

Acaba aqui, por que não é bonito bater em mortos, que não se podem defender!

III


Por outro lado, o pelouro entregue ao PSD, não me fez náuseas nem me deu vómitos.

A razão é simples:
O PSD no Barreiro nunca existiu, não existe e dificilmente virá a existir como um partido social-democrata.

No Barreiro habituaram-se a canibaliza o PC no poder, e este que adora, não consegue viver sem o seu canibal.
Assim é reconhecido. Nada a obstar, no entanto surpreendeu-me, e não entendi, a raiva de um militante, um simples, que me abordou na sexta-feira, pelas 11 horas (a anterior às autárquicas) em que me dizia que ia pedir a demissão do PSD/B por um eleito, numa junta de freguesia, ter feito campanha eleitoral pela CDU/Barreiro, no Fórum da TSF:

“O senhor Carlos Humberto é um grande presidente e vai ganhar … e não se esqueça do PSD. “

E não se esqueceu!

IV

Será que um funcionário político, a quem lhe é entregue o poder, tem o mesmo comportamento de um político profissional?

Haverá diferenças?

Dá que pensar, e vou pensar!


Boa noite.