ALGUMA VEZ O BARREIRO IDEALIZOU O SEU FUTURO?
Nunca!
I
Hoje, quis colocar um título, que seria:
Tenho vergonha em ser barreirense no Barreiro, mas, tenho orgulho em ser barreirense fora do Barreiro.
Pareceu-me um bocado complicado!
Desisti. E ficou o que está.
II
Para um barreirense sem gastrite, que nunca engoliu sapos, que tem orgulho em ser barreirense fora do Barreiro, o pelouro oferecido pelo comité central e aceite pelo principal “partido” da oposição, causou-me náuseas.
Muito semelhantes à de Jean Paul Sartre na sua “A náusea”.
As mesmas, ao lembrar-me do irresponsável condutor fulminado a 130, cuspido do veículo e atropelado 10 vezes seguidas por quem não conseguia parar a tempo.
Ninguém já falava do acidente, mas sim nas dez vezes.
Morreu à primeira, depois à segunda, e por ai adiante até às dez. Sempre a morrer!
No velório diziam:
Coitado, quem diria, depois de morto passaram-lhe por cima dez vezes, como se a hora marcada quisesse mesmo ter a certeza que não falhava.
Acaba aqui, por que não é bonito bater em mortos, que não se podem defender!
III
Por outro lado, o pelouro entregue ao PSD, não me fez náuseas nem me deu vómitos.
A razão é simples:
O PSD no Barreiro nunca existiu, não existe e dificilmente virá a existir como um partido social-democrata.
No Barreiro habituaram-se a canibaliza o PC no poder, e este que adora, não consegue viver sem o seu canibal.
Assim é reconhecido. Nada a obstar, no entanto surpreendeu-me, e não entendi, a raiva de um militante, um simples, que me abordou na sexta-feira, pelas 11 horas (a anterior às autárquicas) em que me dizia que ia pedir a demissão do PSD/B por um eleito, numa junta de freguesia, ter feito campanha eleitoral pela CDU/Barreiro, no Fórum da TSF:
“O senhor Carlos Humberto é um grande presidente e vai ganhar … e não se esqueça do PSD. “
E não se esqueceu!
IV
Será que um funcionário político, a quem lhe é entregue o poder, tem o mesmo comportamento de um político profissional?
Haverá diferenças?
Dá que pensar, e vou pensar!
Boa noite.
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