CADA MANIFESTAÇÃO DA FENPROF CUSTOU 300 MIL € !
I
(…) Só as duas manifestações de professores deste ano custaram à Fenprof 600 mil euros!
(Nogueira no Público de ontem. pg2)
Como é possível a “pobreza sindical” desperdiçar inutilmente tanto dinheiro como se fosse um partido em campanha eleitoral?
O que estará para além do que transpira ser uma “birra laboral “ de professores com a tutela?
E as “birras cirúrgicas “na Soflusa a tramarem e a afastar gente interessada em residir no Barreiro?
Por que razão os sindicatos da Intersindical não lutam contra o patronato e o grande capital e só estão disponíveis para lutar contra o Estado ou a alimentar guerras de funcionários nas empresas onde há dinheiros públicos?
II
Salazar quando enrascado, era um grande artista a mobilizar e a trazer de borla a populaça de todo o País para grandes comícios no Terreiro do Paço para depois se … ver-o-mar ver o cavalo ver o castelo ver as gajas.
(mas sabíamos de onde vinha o dinheiro.)
Alugavam muitos autocarros, não tantos como os setecentos alugados em Portugal e Espanha por ex-professores que nem se lembram quando deram a última aula.
( a propósito de coisas do circo: artigo de E. Rangel no título com diversos comentários .)
A história repete-se primeiro em farsa depois em drama; escreveu Marx.
Será?
Aqui parece que sim.
E quem irá responder pelas consequências futuras e inimagináveis desta farsa (porque o drama virá depois) ?
III
Hoje a miudagem das escolas públicas ocupou, mais uma vez, o seu tempo escolar nas ruas em “distúrbios” ao serviço da Fenprof e dos stores.
Entretanto, outros miúdos preparavam-se para a vida, em escolas sem stores.
IV
A MASSA TEATRAL CAÓTICA
Até quando pode a memória, e quanto pode, sou o actor e o espectador cúmplice de uma vida perturbada, dramática e irónica.
O pouco que percebo dessa massa teatral caótica pode inscrever-se na pauta de uma interpretação menor. Não compreendo nada.
(…) A adolescência foi insuportável até converter-se à ideia de uma suspensa, ou infusa, significação de tudo. Esta foi a primeira revelação, e com ela permiti-me abandonar esse casulo arcaico da angústia que a si mesmo se disfarça, para exposição, de leveza, apaixonamento ou luminosidade. Mas a adolescência é apenas ira e dor.
(…) A juventude alimenta-se do que as garras apanham, e os antigos defendem-se das gerações insaciáveis atirando carne podre.
Mas é carne onde se insinuam ainda o odor e o gosto do sangue, e um tigre juvenil não decorou tão bem a identidade que se não confunda desprevenidamente com uma jovem hiena.
(…) Claro que conheço vários medos e ferocidades. Por isso ainda estou vivo.
Herberto Hélder
Photomaton & Vox
Pgs.10,11 e 12.
Assírio & Alvim
4ª edição
Boa noite.
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