05 maio 2008

CONTINUAR A ESCAVACAR NA IMPUNIDADE A MEMÓRIA DO BARREIRO

O Margem Sul na sua última edição 2 de Maio link no título alerta para mais um crime de lesa Barreiro, no Património Cultural, com a destruição autorizada pelos autarcas (em reunião privada!) da Ermida de Santo André ,na Telha ,com 600 anos , desconhecida por 99,99 % dos barreirenses.



Espanta-me ouvir gritos indignados da intelectualidade concernente à habitual insensatez dos nossos políticos eleitos que destroem na impunidade a nossa memória colectiva.


Quem desconhecerá a insensibilidade dos políticos por um qualquer monumento histórico, que não passará de entulho na forma de barracão, (…sem elevador representará o quê?) que viu sair as “naus de quinhentos “ em troca do mesmo espaço para ampliação da urbanização?

Onde estavam, os que hoje estão indignados com o futuro da Ermida entalada entre quintais e lixo ,
aquando da destruição da memória colectiva do que representou o Barreiro Velho?


Onde estavam, os nossos intelectuais, quando foi votado ao laxismo, abandono e destruição da Alburrica à Ponta do Mexilhoeiro, de todos os moinhos de maré do Concelho?


Hoje acordei assim


a pensar na responsabilidade dos "intelectuais barreirenses", sedentos de protagonismo,
e que hoje se põem a jeito a incentivar aventuras neo-esquerdistas dos “amigos disto e amigos daquilo” decididos em destruir e abandalhar a memória colectiva, e transformar rapidamente o Centro Histórico “berço da nacionalidade camarra “ num Kosovo - Feira - da - Ladra - Permanente ?


Estranho:
não oiço ruídos dos nossos intelectuais com a anunciada segunda morte de Alfredo da Silva!

O que representará para o Barreiro de hoje (na mente dos intelectuais barreirenses) a memória de Alfredo da Silva?

Pós-escrito

Tenho ligações familiares e emocionais à Telha e a Palhais.
Recordo que passei um Natal na Telha; também andei, por lá, muito miúdo em tempo de férias escolares.
Numa das vezes, estava a meio de uns dias de férias na Telha, “descemos todos à vila para ver um filme”; fiquei e não regressei.
Em miúdo, não trocava o Barreiro Velho por nada deste mundo.