NÃO! SÓCRATES NÃO É SALAZAR.
Cuidado com os Neo-Antifascistas que não conheceram o Fascismo.
Cuidado com os Revolucionários Sem Revolução que não conheceram a Revolução.
Toda esta complexidade de comportamentos, exige uma desconfiança total na rapaziada (que nasceu com a papinha da democracia dada de bandeja) cuja força é deliberadamente exagerada para interesse dos mass media.
- Para Lisboa, mas devagar.
Depois de acomodado nos estofos, Salazar suspirou profundamente.
O perigo, afinal, não me vem da Oposição, cujo grande chefe, o Norton de Matos, está moribundo ou já morreu. Vieira de Almeida, Azevedo Gomes, Cortesão e Sérgio não passam de velhos ratões intelectuais.
O garoto do Mário Soares ainda está verde.
E o Galvão? Esse é perigoso, mexe em armas, mata leão.
O Partido Comunista?
É um tigre de papel, cuja malignidade eu exagero porque me é útil.
Tem sido o melhor auxiliar do estado Novo.
Com ele tenho aterrado este povo de pacóvios, justificando a necessidade da PIDE. Uma vez esvaziado o papão jacobino e maçónico, só mesmo o bolchevismo me serviu às maravilhas para dominar o País.
O carro atravessava a Cruz Quebrada quando o ditador sentiu forte guinada no ventre provocada por gases intestinais.
Muito lentamente ergueu do assento uma das nádegas, fez um esforço doloroso de compressão e deixou escapar pelo esfíncter anal um vento silencioso mas pestífero, apressando-se a abrir a janela.
À frente o condutor, acostumado a estas manobras, comentou para si:
“O Velho peidou-se”.
Desceu a vidraça e acelerou.
Aliviado o intestino, atenuado o fétido cheiro, logo o ditador cerrou a janela, pois que um transeunte olhara para dentro do carro e dera mostras de o ter reconhecido.
Instintivamente, como réptil surpreendido por potencial inimigo, sentiu-se incomodado e escondeu-se no fundo do veículo.
in
Júlio Vieira
A Minha Guerra Contra Salazar
pag87
Palas Editores Lda.
1997
Boa noite.
Cuidado com os Revolucionários Sem Revolução que não conheceram a Revolução.
Toda esta complexidade de comportamentos, exige uma desconfiança total na rapaziada (que nasceu com a papinha da democracia dada de bandeja) cuja força é deliberadamente exagerada para interesse dos mass media.
- Para Lisboa, mas devagar.
Depois de acomodado nos estofos, Salazar suspirou profundamente.
O perigo, afinal, não me vem da Oposição, cujo grande chefe, o Norton de Matos, está moribundo ou já morreu. Vieira de Almeida, Azevedo Gomes, Cortesão e Sérgio não passam de velhos ratões intelectuais.
O garoto do Mário Soares ainda está verde.
E o Galvão? Esse é perigoso, mexe em armas, mata leão.
O Partido Comunista?
É um tigre de papel, cuja malignidade eu exagero porque me é útil.
Tem sido o melhor auxiliar do estado Novo.
Com ele tenho aterrado este povo de pacóvios, justificando a necessidade da PIDE. Uma vez esvaziado o papão jacobino e maçónico, só mesmo o bolchevismo me serviu às maravilhas para dominar o País.
O carro atravessava a Cruz Quebrada quando o ditador sentiu forte guinada no ventre provocada por gases intestinais.
Muito lentamente ergueu do assento uma das nádegas, fez um esforço doloroso de compressão e deixou escapar pelo esfíncter anal um vento silencioso mas pestífero, apressando-se a abrir a janela.
À frente o condutor, acostumado a estas manobras, comentou para si:
“O Velho peidou-se”.
Desceu a vidraça e acelerou.
Aliviado o intestino, atenuado o fétido cheiro, logo o ditador cerrou a janela, pois que um transeunte olhara para dentro do carro e dera mostras de o ter reconhecido.
Instintivamente, como réptil surpreendido por potencial inimigo, sentiu-se incomodado e escondeu-se no fundo do veículo.
in
Júlio Vieira
A Minha Guerra Contra Salazar
pag87
Palas Editores Lda.
1997
Boa noite.
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