11 maio 2007

AUSENCIA DE ÉTICA POLITICA NO BARREIRO





O PCP esmaga este local do distrito de Setúbal.

Entenda-se por esmagar à exploração do filão emocional do "anti fascista".

Tudo para distrair o presente e recordar passados a esquecer.

Não é o esquecer no sentido de perdoar
mas o esquecer no sentido de dar novos rumos à vida.


Esta miscelânea azarenta tem proporcionado ao
presidente da CMB Camarada do Comité Central

fazer do “seu” Barreiro a
Faixa – de – Gaza – da – Grande – Lisboa.

Ele percorre as escolas públicas do concelho em turmas no final do secundário adolescentes vulneráveis

(foram às privadas ?)

a

“ Contar histórias (vividas) no 25 de Abril” .

Até aqui não parece haver mal ao mundo
nem fazer-se acompanhar de um conhecido “anti fascista e ex-preso politico"


(Rapaz, recordo
uma cena escabrosa, não encontro outro adjectivo,
assistir nas comemorações do cinco de Outubro
(ainda não tinha sido inventado o 25 de Abril)
no início dos anos sessenta,
levarem cambaleante ao palco debaixo de palmas um “velho”,

meu conhecido de muito miúdo, que vivia na Travessa do Jardim, no Barreiro Velho.

Tremia e babava-se como se Parkinson fosse.

Fizeram a apresentação do desgraçado: uma vítima do Tarrafal!

Eu não fazia nenhuma ideia do que fosse o Tarrafal
nem tinham descoberto os doentes de Parkinson.


Muito miúdo tinha medo dele.

Babava-se e tremia por todos os lados. Mas sorria.

Via-o todos os dias.

andava na dona Laura .agora anda-se no infantário.

No verão íamos com a infantário às costas a dona Laura e o seu cão Tomix para o jardim dos Franceses ocupar os pequenos bancos de ferro que ainda lá estão.

Contas. Tabuada. Ditado. Brincadeiras. Dichotes.


Noutro banco junto ao coreto lá estava todos os dias aquele que não imaginaria ser

“ uma vítima do Tarrafal” )

a efabularem histórias para crianças do antes da "Revolução de Abril ".

Falam da sociedade fechada e cinzenta.

Censura.
Greves de 1943!
Pessoas presas. pessoas torturada. Despedidos. Ocupação militar pela GNR.
Guerra colonial. UEC. Pseudónimos de nomes clandestinos. PIDE.
Canções da resistência. Vem à baila o José Afonso e outros.


Depois deste melaço vem a sobremesa:

O PCP é o maior!
se não fosse o PCP não viveríamos em liberdade. Continuaríamos na mesma!


Catequese e aliciamento?

Então se não é catequese e aliciamento. O que é isto?

Espinhosa (1632-1677) previu a indecência do “esmagamento “ e a falta de ética ou de moral na política.

Escreveu:

“ A ética deve libertar o Homem da sua servidão no que respeita aos sentimentos e ensina-lo a viver conduzido pela Razão”.

Por isso o nosso Presidente Camarada do Comité Central não deve ser um serviçal dos seus sentimentos.

Conduza-se pela razão. Para isso foi eleito.

Ou está na autarquia. Ou está no partido.

Decida-se?