RECORDAR A ELITE BARREIRENSE
Vi hoje no Notícias do Barreiro, que a CMB teve a iniciativa de comemorar o nascimento de Augusto Cabrita.
Deram apoio a Cooperativa Cultural Popular Barreirense e o Cine Clube do Barreiro.
Evocar o aniversário de Augusto Cabrita, se fosse vivo faria oitenta e três anos, aceito e compreendo.
Não entendo é como aparece o CCB e CCPB nesta evocação.
A CMB tem legitimidade, é um dos seus atributos, evocar quem fez parte da velha elite Barreirense.
Deduzo que o CCPB aparece porque cedeu as instalações.
É um critério.
O CCB aparece, certamente, pelo homenageado ser um dos fundadores.
É um critério.
Gostaria mais se fosse o CCB a ter a iniciativa de homenagear um homem de cultura e seu fundador.
Gostaria mais se fosse o CCPB a comemorar o nascimento de um barreirense, vulto nacional e internacional.
Tê-lo como referência para as suas actividades culturais.
Em todo o caso estou de acordo que a CMB evoque quem quiser.
Espero que estas evocações não sirvam outros interesses.
Conheci o Augusto Cabrita.
A diferença de idades é grande.
Falámos a sós várias vezes.
Para quem não o conheceu, direi que não tem nada a ver com o tradicional camarro.
Intolerante. Esquerdista. Fanático.
Augusto Cabrita era um homem muito afável, culto, e de grande sensibilidade.
Dialogante, respeitador de opiniões.
Muito humano. Não era homem de "politicas".
Não esquecerei, o dia em que saímos do autocarro, rumo à estação dos barcos.
Ele para a RTP eu para a Ajuda.
Disse-lhe que estava mobilizado e que dentro de dias partiria no "Rita Maria " rumo à Guiné.
Parou.
Olhou para mim e disse-me.
Preferia ser morto a matar!
(Impressionou-me. Ficarei sempre convicto que me falou com sinceridade.)
Já depois da Revolução, em 75, encontrei-o na "Taberna do Empossado", em Alfama.
(Um restaurante (ex-de luxo ) que tinha sido ocupado pelos trabalhadores. )
Cada um ia acompanhado da sua gente.
Demos um fervoroso abraço de cumprimentos.
De regresso à mesa perguntam-me ;conheces o Augusto Cabrita?
Sim!
É do Barreiro!
(Respondi com vaidade.)
Naquela época, idolatrávamos a nossa terra.
Tínhamos orgulho em ser do Barreiro.
Velhos tempos!
Deram apoio a Cooperativa Cultural Popular Barreirense e o Cine Clube do Barreiro.
Evocar o aniversário de Augusto Cabrita, se fosse vivo faria oitenta e três anos, aceito e compreendo.
Não entendo é como aparece o CCB e CCPB nesta evocação.
A CMB tem legitimidade, é um dos seus atributos, evocar quem fez parte da velha elite Barreirense.
Deduzo que o CCPB aparece porque cedeu as instalações.
É um critério.
O CCB aparece, certamente, pelo homenageado ser um dos fundadores.
É um critério.
Gostaria mais se fosse o CCB a ter a iniciativa de homenagear um homem de cultura e seu fundador.
Gostaria mais se fosse o CCPB a comemorar o nascimento de um barreirense, vulto nacional e internacional.
Tê-lo como referência para as suas actividades culturais.
Em todo o caso estou de acordo que a CMB evoque quem quiser.
Espero que estas evocações não sirvam outros interesses.
Conheci o Augusto Cabrita.
A diferença de idades é grande.
Falámos a sós várias vezes.
Para quem não o conheceu, direi que não tem nada a ver com o tradicional camarro.
Intolerante. Esquerdista. Fanático.
Augusto Cabrita era um homem muito afável, culto, e de grande sensibilidade.
Dialogante, respeitador de opiniões.
Muito humano. Não era homem de "politicas".
Não esquecerei, o dia em que saímos do autocarro, rumo à estação dos barcos.
Ele para a RTP eu para a Ajuda.
Disse-lhe que estava mobilizado e que dentro de dias partiria no "Rita Maria " rumo à Guiné.
Parou.
Olhou para mim e disse-me.
Preferia ser morto a matar!
(Impressionou-me. Ficarei sempre convicto que me falou com sinceridade.)
Já depois da Revolução, em 75, encontrei-o na "Taberna do Empossado", em Alfama.
(Um restaurante (ex-de luxo ) que tinha sido ocupado pelos trabalhadores. )
Cada um ia acompanhado da sua gente.
Demos um fervoroso abraço de cumprimentos.
De regresso à mesa perguntam-me ;conheces o Augusto Cabrita?
Sim!
É do Barreiro!
(Respondi com vaidade.)
Naquela época, idolatrávamos a nossa terra.
Tínhamos orgulho em ser do Barreiro.
Velhos tempos!
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