09 janeiro 2011

( 729 ) POTENCIALIDADES DA CARIDADE CRISTÃ NA VAIDADE METAFÍSICA E ESPIRITUAL DE ALGUNS HOMENS.

A caridade é certamente um tema que deve mexer e remexer com quem ambicionava acabar com a pobreza e os pobrezinhos, mas, a jusante do ajuste, os pobrezinhos profissionalizados não deixaram!

II


“O que são os homens [na sua vaidade] mais do que aparências de teatro?”:

Aumenta a convicção generalizada de que a caridade não passa de um teatro [ou de um outro modo de vida, a montante do ajuste, da pobreza profissionalizada?] para quem ouviu o guru da caridade EMPRESARIAL [o intragável pateta da AMI na corrida a Belém, a soldo da maçonaria soarista, ajudado por rafeiro, vindo do norte para morder as canelas a um outro pateta do “clube dos poetas mortos”] na sua arrogância descomedida e da vaidade com aquela da “criança que corria esfomeada atrás de uma galinha que levava um bocadinho de pão no bico”.

Isto define bem a qualidade da mente desta gente.

III

A propósito de caridade; encontra-se AQUI um curioso festival de doutorices de circunstancia em confronte num faz-de-conta, em campeonato de vaidades, da “República das letras” contra “a Republica das armas” . Uma coisa nunca vista por estes lados.


Matias Aires, nascido no século XVII, já os topava de ginjeira nas Reflexões sobre a Vaidade dos Homens (1752), página 88, edição Planeta DeAgostini:

a 120 de 163 reflexões - " Na república das letras não há menos vaidade que na república das armas; sim é uma vaidade metafísica, espiritual, e que na sua origem tem uma existência vaga, e inconstante; mas por isso mesmo é mais vã do que outra nenhuma vaidade.

O seu objecto, são os discursos, e a disputa, objectos sem corpo, vãos por natureza, e por instituto.

O campo desta vaidade é a imaginação: campo vasto ainda quando é infecundo; e que brota lírios, e violas, quando não produz rosas, e açucenas […] o ter ou não ter razão, é verdadeiramente a guerra em que se passam os nossos dias, e os nossos anos.

O não ter razão argúi vício na vontade, ou erro no entendimento: que defeitos estes para que a vaidade os reconheça? “


IV

Com fracos políticos eleitos , com responsabilidades, avançam as petulâncias para distrair a malta no Barreiro Novo, que não pode andar em dias de chuva nos passeios da desconjuntada Avenida Alfredo da Silva ou esperar nas passagens de peões sem levar uma banhada, projectada das rodas dos carros, vinda de grandes poçadas ou daquilo que deveria ser umas sarjetas. Um espectáculo desolador.



Boa tarde.