03 dezembro 2009

(597) AS JOTAS NA DEGRADAÇÃO DA CLASSE POLITICA.


I

(…) As juventudes partidárias em Portugal não só actuam como verdadeiras “ corporações” no interior dos partidos como abrem caminho a “carreiras politicas pouco edificantes “, estando longe de constituir espaços de formação cívica destinados à preparação de quadros qualificados – devendo, como tal, ser igualmente responsabilizadas pela alegada deterioração da nossa “classe politica “.


Palavras do constitucionalista Jorge Miranda na Comissão Eventual para a Reforma do Sistema Politico (criada no inicio da IX Legislatura em 2002) .

II

Jorge Miranda tem razão:


As juventudes partidárias (uma invenção do mundo ditatorial bolchevique, fascista e nacional-socialista) tornaram-se num virus político da III República Portuguesa.

Estas servem-se dos partidos como trampolim para “vencer” na vida, em concorrência desleal no mercado de trabalho com os da sua idade.


Uma pequena parte consegue , depois de um combate ainda mais dificil do que a primeira “luta espermatozóide” , viver muito bem da política.

As profissionalizadas claques , ao serviço de tudo e de todos menos da bola , são uma cópia fiel das jotas.

III

Como sempre não culpo a juventude destes desvios político-sociais.

É por isso que não aprecio e detesto o epíteto de juventude rasca, porque a haver rascas nesta história seriam os cotas.

A propósito : recomendo a leitura deste post
link no titulo.

IV

As juventudes partidárias antes de o serem já o eram!


Boa noite.