(597) AS JOTAS NA DEGRADAÇÃO DA CLASSE POLITICA.
I
(…) As juventudes partidárias em Portugal não só actuam como verdadeiras “ corporações” no interior dos partidos como abrem caminho a “carreiras politicas pouco edificantes “, estando longe de constituir espaços de formação cívica destinados à preparação de quadros qualificados – devendo, como tal, ser igualmente responsabilizadas pela alegada deterioração da nossa “classe politica “.
Palavras do constitucionalista Jorge Miranda na Comissão Eventual para a Reforma do Sistema Politico (criada no inicio da IX Legislatura em 2002) .
II
Jorge Miranda tem razão:
As juventudes partidárias (uma invenção do mundo ditatorial bolchevique, fascista e nacional-socialista) tornaram-se num virus político da III República Portuguesa.
Estas servem-se dos partidos como trampolim para “vencer” na vida, em concorrência desleal no mercado de trabalho com os da sua idade.
Uma pequena parte consegue , depois de um combate ainda mais dificil do que a primeira “luta espermatozóide” , viver muito bem da política.
As profissionalizadas claques , ao serviço de tudo e de todos menos da bola , são uma cópia fiel das jotas.
III
Como sempre não culpo a juventude destes desvios político-sociais.
É por isso que não aprecio e detesto o epíteto de juventude rasca, porque a haver rascas nesta história seriam os cotas.
A propósito : recomendo a leitura deste post link no titulo.
IV
As juventudes partidárias antes de o serem já o eram!
Boa noite.
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