10 abril 2008

PRÓS E CONTRAS. MAIS CONTRAS QUE PRÓS.

Se não fosse o caso de se tratar de um “debate” que envolvia o Barreiro (link no titulo para rever o programa do dia 7 ) não perderia tempo com este tipo de espectáculos, onde predomina os falantes “especialistas não especializados “.

A maioria dos intervenientes (curiosamente juntos contra a opção do LNEC e do Governo) confirmou que muitas das decisões de interesse nacional estão nas mãos de gente medíocre, atrevida e sem escrúpulos, desavergonhados, como se constatou com a polémica à volta do impacto visual e das areias do fundo do rio com metais pesados.

Carlos Humberto falou; falou bem e encantou amigos, falsos amigos, adversários e inimigos.

Outra coisa não seria de esperar de um político profissional com responsabilidades no C.C. do seu partido, por isso, apreciei que tivesse aproveitado, num bom discurso politico, a estranha mediocridade profissional do projecto que nos combatia, como "cilindrou" as intervenções amigas dos seus camaradas do Seixal e Moita.

E o Montijo não seria um dos interessados a ser ouvido?


Utiliza com mestria, quando se fala do Barreiro, o discurso da vitimação do passado, mas, será que sairemos da situação da perda de população, do aumento do desemprego, da falta de investimento, com bons discursos políticos?

Foi unicamente o poder Central que tomou opções erradas no Concelho?

As opções erradas que os autarcas do seu partido tomaram nestas últimas décadas são para esquecer com a nova Ponte?

A situação actual do Barreiro Velho é o resultado de uma opção errada do Poder Central?

Quem tomou a decisão de nacionalizar o maior empregador do Concelho , a maior empresa química da península ibérica, e uma das maiores da Europa?

Se é um dado adquirido que as cidades competem entre si, interessará ao Barreiro a teoria da Cidade das duas margens?

Com muitas destas coisas, não é difícil uma divergência política profunda com o actual Presidente quando este insiste na prioridade do investimento público no Barreiro.

Não será preciso procurar e estimular o investimento privado que crie emprego de qualidade no Concelho?

Não está claro se há ou não há compra de casas no Concelho que mais bloqueou ,no distrito de Setúbal ,durante décadas o negócio do imobiliário; a resposta também depende se a oferta é maior que a procura , porque , os construtores da gama alta, no centro da cidade, não se queixaram.

Como terminará a Cidade do Cinema, um investimento privado?

Veja-se o caso da Ponte Barreiro /Chelas: e a obssessão tanto o PCP como do Bloco no investimento público, combatendo o investimento privado ou privado/público;
são opções correctas para quem sonha com um estado forte, empregador, esbanjador e sem controlo.

Gostaria de ver o C.H. recusar o oportunismo sabujo do culto da personalidade dos seus habituais amigos da onça apenas por uma intervenção televisiva que correu bem.

2009 aproxima-se a passos largos e a maioria absoluta também .
Está de parabéns o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro.