PODEM OS MÉDICOS SER GESTORES?
O nosso presidente, camarada do comité central, pensa que sim.
Segundo as folhas locais, está muito indignado, e exige que se cumpra a Lei para o representante da Câmara Municipal do Barreiro, camarada médico, ocupar um lugar na administração do Hospital do Barreiro, à espera desde Maio de 2006.
(…) Nos nossos hospitais os médicos geralmente originam a maior parte dos gastos.
Assim sendo, é absolutamente essencial que participem na gestão. A questão, contudo, reside em definir a profundidade dessa participação e saber se estão preparados para o fazer ao mais alto nível.
Perante a falta de resposta do governo e profundamente indignado, tomou a decisão de pedir ajuda à Comunicação Social
( as folhas locais têm um força nacional e internacional imensurável !)
com um apelo público e conferência de imprensa
no passado dia 5.
E a resposta aqui é, inequivocamente, negativa. Em seis anos de frequência da faculdade, não há uma única disciplina especificamente orientada para ministrar aos futuros médicos qualquer tipo de informação, e muito menos experiência, em gestão.
O autarca lembrou que a lei foi criada pelo poder central por considerar importante a existência de um representante do poder local na administração dos hospitais, de modo a “reflectir as sensibilidade da população”.
E , no entanto , seria mais fácil aos médicos aprender administração que aos administradores aprender medicina!”
Se não houver uma resposta pronta, o edil, vai “recorrer a outras instâncias”
( melhor: vai pôr a Administracção , a tutela e o governo , no Tribunal?)
(Não terá esta infeliz terra ,com a crónica escassez de verbas , outras prioridades ?)
Consequentemente, a responsabilização dos médicos pelas equipas de gestão resultou, na maior parte dos casos, em fracasso.
Não cruzar os braços afirma o nosso presidente C.do C.C. e admite que a CMB assumirá na luta pela resposta , porém não ser seu objectivo fazer disto um elemento de combate politico contra o governo .
(Pois !)
Por outro lado, os médicos estão, por natureza, pouco receptivos a aceitar uma gestão apertada das suas actividades e são, até, frequentemente, avessos ao controlo pelos gestores
Não quero pensar que este seja um problema de carácter politico-partidário, admitiu o edil.
( não sei porquê mas este substantivo aedile caiu no goto das nossas folhas)
O actual modelo, pretensamente democrático, favorece as influências corporativas, já que a eleição destes elementos do conselho de administração, geralmente fruto de lobbies internos, é geradora de lealdades que terão de ser pagas mais cedo ou mais tarde (…)
Para saber mais sobre o polvo , ler isto
do professor Manuel Antunes , Director nos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Criou e desenvolveu metodologias conducentes à maximização da eficiência e produtividade hospitalar.
Tem o apreço e o reconhecimento dos seus milhares de doentes e da sociedade em geral.
A DOENÇA DA SAÚDE
Serviço Nacional de Saúde: ineficiência e desperdício
Manuel J. Antunes
Quetzal Editores
2001
Segundo as folhas locais, está muito indignado, e exige que se cumpra a Lei para o representante da Câmara Municipal do Barreiro, camarada médico, ocupar um lugar na administração do Hospital do Barreiro, à espera desde Maio de 2006.
(…) Nos nossos hospitais os médicos geralmente originam a maior parte dos gastos.
Assim sendo, é absolutamente essencial que participem na gestão. A questão, contudo, reside em definir a profundidade dessa participação e saber se estão preparados para o fazer ao mais alto nível.
Perante a falta de resposta do governo e profundamente indignado, tomou a decisão de pedir ajuda à Comunicação Social
( as folhas locais têm um força nacional e internacional imensurável !)
com um apelo público e conferência de imprensa
no passado dia 5.
E a resposta aqui é, inequivocamente, negativa. Em seis anos de frequência da faculdade, não há uma única disciplina especificamente orientada para ministrar aos futuros médicos qualquer tipo de informação, e muito menos experiência, em gestão.
O autarca lembrou que a lei foi criada pelo poder central por considerar importante a existência de um representante do poder local na administração dos hospitais, de modo a “reflectir as sensibilidade da população”.
E , no entanto , seria mais fácil aos médicos aprender administração que aos administradores aprender medicina!”
Se não houver uma resposta pronta, o edil, vai “recorrer a outras instâncias”
( melhor: vai pôr a Administracção , a tutela e o governo , no Tribunal?)
(Não terá esta infeliz terra ,com a crónica escassez de verbas , outras prioridades ?)
Consequentemente, a responsabilização dos médicos pelas equipas de gestão resultou, na maior parte dos casos, em fracasso.
Não cruzar os braços afirma o nosso presidente C.do C.C. e admite que a CMB assumirá na luta pela resposta , porém não ser seu objectivo fazer disto um elemento de combate politico contra o governo .
(Pois !)
Por outro lado, os médicos estão, por natureza, pouco receptivos a aceitar uma gestão apertada das suas actividades e são, até, frequentemente, avessos ao controlo pelos gestores
Não quero pensar que este seja um problema de carácter politico-partidário, admitiu o edil.
( não sei porquê mas este substantivo aedile caiu no goto das nossas folhas)
O actual modelo, pretensamente democrático, favorece as influências corporativas, já que a eleição destes elementos do conselho de administração, geralmente fruto de lobbies internos, é geradora de lealdades que terão de ser pagas mais cedo ou mais tarde (…)
Para saber mais sobre o polvo , ler isto
do professor Manuel Antunes , Director nos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Criou e desenvolveu metodologias conducentes à maximização da eficiência e produtividade hospitalar.
Tem o apreço e o reconhecimento dos seus milhares de doentes e da sociedade em geral.
A DOENÇA DA SAÚDE
Serviço Nacional de Saúde: ineficiência e desperdício
Manuel J. Antunes
Quetzal Editores
2001
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