07 janeiro 2006

BANDA MUNICIPAL DO BARREIRO

A banda entregue à nossa autarquia, nasceu em Abril, não de 74, mas um ano depois da implantação da república.
É velha.

Foi baptizada com o pomposo nome de Academia Instrutiva e Recreativa dos Operários da CUF. Teve também o nome de Banda do Pessoal da CUF, tal como o nome da Caixa de Previdência, chamou-se ainda de Liga de Instrução e Recreio da CUF.

Com tantos saltos, é-me indiferente, e não vejo nenhum inconveniente, que a banda municipal acompanhe procissões no Barreiro.

No entanto, desconheço, se a banda foi alguma vez requisitada por seitas religiosas, para animar os seus encontros.
Estavam no seu direito. Em democracia é assim.

Esta Banda Municipal do Barreiro, das actuações culturais, passando pelas procissões, anima agora comícios do PCP, neste caso, em Lisboa, de um candidato à presidência da república.

Não duvido, que os custos desta deslocação, suportados pela Autarquia com o dinheiro dos nossos impostos, vão ser pagos pela organização do candidato.

E o que aconteceria, se o candidato, a que chamam de direita, solicitasse a Banda para animar um dos seus comícios em Lisboa?

E os outros candidatos?
Coloca-se aqui uma questão de ética, não republicana, mas de bom senso.

O nome da Banda arrasta atrás de si o nome de uma Autarquia. O nome de uma terra.
A Banda não é propriedade privada do PCP. O Barreiro não é pertença do PCP.
O PCP ganhou as Autárquicas no Barreiro, não ganhou mais nada!

Partidarizar a Banda é um mau começo, como proposta de renovação autárquica.

Será que a Banda volta a mudar de nome ?