TRAGÉDIAS ESCONDIDAS NA ESQUERDA MITOLÓGICA

Li com consternação ,

no Margem Sul na edição de 28 de Setembro ,

a entrevista ao António Carmo.

Querem saber quem é o Carmo?
Do António nem pensar!

Mas interessam-se se o António Carmo for o filho de Catarina Eufémia.

http://www.margemsul.pt/

O rosto do António, entristece.
Um rosto, velho precoce, a estampar uma profunda vida de tristeza e solidão.


Veja mais na

“Catarina Eufémia : (des)montagem de um mito “
de Natália Santos (com dezenas de comentários ) no
Estudos sobre o Comunismo (de 18março2005). (link no título )

Trata-se de um trabalho de investigação, no âmbito de um seminário do mestrado de História Contemporânea em Coimbra .

Passados 53 anos, no Barreiro,

o filho de Catarina Eufémia

destapa:

MS:

Os seus pais estavam ligados a algum partido político?

AC:

Penso que não, mas o meu pai achava que, na altura da morte da minha mãe,houve muito aproveitamento por parte dos partidos de esquerda.

Ele começou a ver muito oportunismo,

principalmente do Partido Comunista Português,

e a partir daí distanciou-se do PCP e passou a associar-se aos outros partidos do bloco de esquerda, mas ele era apartidário e gostava das coisas correctas.

Sempre questionei o destino dos filhos de Catarina
e se os aproveitadores ideológicos lhes deram guarida e protecção ?

Já tenho a resposta !

Anoto:

“Assim que a jovem camponesa perece, o PCP procura apropriar-se da sua estória, escrita por linhas de tragédia e infelicidade ,
fazendo (frequentemente) sobrepor
à Catarina-mãe e à Catarina-mulher a Catarina-camarada,
a Catarina-trabalhadora e a Catarina-comunista”.

Penso:

“Acima de tudo, fica a imagem de uma mulher, uma jovem mulher,
mãe e companheira, a quem o Fado foi injusto,
ceifando-lha a vida demasiado cedo e em circunstâncias inaceitáveis”.

Reflicto:

Ganhando dimensões de fenómeno internacional,
com a publicação de um artigo sobre si na revista Mulher Soviética.