11 agosto 2007

ENCHER CHOURIÇOS AO MARQUÊS



Caro António Cabós Gonçalves


Por que aprecio a política, e uma boa polémica, não escondo que tenho “admiração – arguente” por si.



Tem iniciativas. É genuíno na escrita e no discurso. Não tem medos.


É um político perfeito, como todos os políticos perfeitos, é de boa boca nas companhias e nos conselheiros.


Porém, surpreende-me a irreverência, o atrevimento, e a ousadia das suas propostas para o moribundo Barreiro Velho.


Dei-me conta da sua matriz política



(você um dirigente do Partido Socialista - Barreiro)



igual à consagrada no Programa e nos Estatutos do PCP



artigo 3º. ponto 2



– o direito das etnias à protecção dos seus interesses



( você e eles nunca falam em deveres !)



para o Barreiro Velho,

aquando da discussão dos imóveis do “velho” Nicola, vendidos ao desbarato,

ao “projecto Coimbra” do arquitecto Luís Cerqueira

e às Opções Participadas, nos Franceses.


Para que saiba, a minha matriz politica, é a recusa total em condescender com o PC/Barreiro, com o seu programa e Estatutos, principal responsável pelo abandono e consequente perda de identidade do Centro Histórico, e com a irresponsabilidade do igualitarismo de esquerda, maníaco-depressivo, que prolifera na Cidade.


Não discuto o seu projecto, nem qualquer outro,para o Barreiro Velho , que se assemelhe à terapia da “aspirina a cancerosos” .


Não posso pactuar com aqueles que estão ao lado do cancro e não do doente.


Tudo isto lembra-me

(Diogo do Couto e O Soldado Prático escrito em 1563/1573)
segunda parte Cena III ;


diz o Soldado Prático ao Despachador:


“ Os Locrenses fizeram na lei, que todo o homem que na sua república inventasse alguma lei ou ordem nova que, enquanto ela se publicasse, estivesse com uma corda amarrada no pescoço e junto a uma forca; por que se a lei que inventara fosse em dano do povo, fosse logo ali enforcado “


Apareça sempre.


Um abraço bloguista do VTM