31 janeiro 2014

(908) DEMOCRACIA SOCIAL CORPORATIVA.


“A verdade não é uma posição que se transmite de quem sabe para quem não sabe, mas uma descoberta, uma rememoração que se faz na acção dialógica”. 

Desconfio!

II

A rememorar os quase quarenta anos da democracia – social-corporativa descobre-se que há 2 milhões de portugueses (Vítor Rainho/Tabu/17 Janeiro) que diariamente vive o lavar de roupa suja “nem as prostitutas cansadas de uma vida feita entre o Cais do Sodré e o Intendente costumam usar “ adentro dos outros milhões que ainda acredita em tudo o que ouve e lhe dão a ver nas televisões ao serviço do embuste ideológico das utopias igualitárias e libertárias leva-nos no tempo … ás saudades do futuro.

III 
   
Quem rememorar e fizer as contas constata que das três Republicas Portuguesas a actual, sendo a mais moderna e a mais civilizada, é aquela que deixa para trás mais portugueses, muito mais do que as outras duas juntas, provavelmente não fosse ela a única a “abrir caminho para uma sociedade socialista”.

















IV

O poder do politicamente correcto instituído nunca permitiu que se discutisse as honras aos lutadores antifascistas para sabermos se lutavam pela democracia e pela liberdade ou só pelo derrube e destruição da ditadura e de liberdade depois via-se.

Porque substituir a ditadura autoritária do Estado Novo do Tarrafal por uma outra ditadura do proletariado do Gulag nunca se discutiu como se não discute o que se entende por socialismo democrático; se no socialismo real mata-se os ricos no democrático rouba-se os ricos para profissionalizar a pobreza?

E no socialismo democrático há capacetes motas e gajas que cheguem para todos ?

Não há retórica que nos salve.








Boa noite. 

18 janeiro 2014

(907) NO ÍNDEX DA ÉTICA REPUBLICANA OS LIVROS CISMÁTICOS.


Este,















está no índex da III República Portuguesa.

“Fixe bem esta data: 27 de Janeiro de 1996. Era um sábado e o público português assistiu a um fenómeno sem precedentes: um livro, escrito por um autor nacional, vendeu 30 000 exemplares no lançamento.

 Depois foi retirado do mercado e nunca mais reapareceu.

"Contos proibidos. Memórias de um PS desconhecido" foi a obra "mais atrevida", segundo Nelson de Matos, a pessoa que o publicou na Dom Quixote.

 Numa entrevista ao "Expresso", em 2004, o editor negou ter sofrido pressões ou ameaças, mas denunciou a existência de "comentários negativos" que lhe causaram "bastantes dificuldades pessoais". "A todos expliquei que o livro existia", disse na altura.

"Tinha revelações importantes e procurava ser sério ao ponto de as provar. Desse ponto de vista, achei que merecia ser discutido na sociedade."

Outro,


















no índex da ética republicana .

Joaquim Vieira descobriu Rui Mateus na Suécia, onde está retirado desde a publicação do livro “Contos Proibidos”, e entrevistou-o. Mateus reafirma de forma clara o envolvimento de Soares nos dinheiros da Emaudio .

II


III

- os meus livros são hereges ou fleumáticos para os queimar?

- Cismáticos, meu amigo, é que vós quereis dizer – disse o barbeiro e não fleumáticos.

(D. Quixote de la Mancha/ Capitulo XXXII )



















Boa tarde.



12 janeiro 2014

(906) O FÔLEGO DO ARQUIVO MITROKINE – O KGB NA EUROPA E NO OCIDENTE.


Fanatizar I

“No meio de todo este oceano de historietas, houve um tema que foi sendo contado e por igual interiorizado: o tema da documentação retirada do Forte de Caxias, e que pertencia à Direção-Geral de Segurança, (DGS), por comunistas e entregue à União Soviética.
O tema fez escola, alicerçou-se no repositório histórico coletivo e corrente, mas nunca nada se provou sobre o mesmo.”
Desfanatizar I

O intelectual faz-se de parvo e sabe que muito poucos em Portugal leram “O Arquivo Mitrokine – o KGB na Europa e no Ocidente” , mas , aqueles que o leram sabem que esta afirmação é falsa e sem nexo depois do derrube do Muro e da impulsão da URSS  .

Fanatizar II

“Muito mais tarde, na sequência da estadia de José Pacheco Pereira em Moscovo, colhendo dados para a sua obra sobre Álvaro Cunhal, o autor referiu, num programa da série, Flashback, que poderiam levantar-se problemas judiciários se se provasse que documentação do arquivo da OTAN, que se encontrava à guarda da DGS, pudesse estar no tal conjunto que se dizia ter sido levado de Caxias. Como nunca retirou tal conclusão de um modo seguro, é porque não encontrou nada que tal demonstrasse. Mas o académico referiu ainda, nesse mesmo programa, que Álvaro Cunhal era uma personalidade de grande respeitabilidade ao nível da direção do PCUS e do movimento comunista internacional (…) ”
Desfanatizar II

O intelectual toma os outros por ignorantes e esforça-se por esconder as 972 páginas de “O Arquivo Mitrokine”, porque (sabe e se não sabe está a armar ao pingarelho) que no prefácio (página 23) Pacheco Pereira relata uma história muito diferente:

“(…)Entre estas operações [do pcp], avulta o envio em 1975, para Moscovo, de uma parte significativa do arquivo da PIDE/DGS. Este envio físico de papéis, e a microfilmagem de outros, já era conhecida de outras fontes soviéticas e ocidentais” (…).

“Os arquivos matam, como Mitrokhine sabia e como Cunhal também certamente sabia”.

(JPP refere-se à carnificina que se seguiu após Moscovo distribuir partes do arquivo da PIDE pelas antigas colónias: documentos e “segredos” (bufos/traições/ crimes/…) respeitantes a Angola foram entregues ao MPLA para ajuste de contas; os relativos a Moçambique para a FRELIMO… foi assim!)



















Bom dia.

11 janeiro 2014

(905) UMA NOVA AQUISIÇÃO.


Quando vinha aqui fugia – dos textículos e da presunção de quem sabe tudo o que precisa saber.

O jornal online “O Rio” acabou!


Pensando genericamente o mesmo que os seus pares, que não conseguem minimamente transmitir uma ideia, escreve muito bem.

Mais um humanista de discurso ad hominem bem estruturado e articulado:

 “O pavilhão dos cancerosos” e “Um dia na vida de Ivan Denissovitch” … não passam de historietas.

II


Mas, se algum dia chegar ao poder, acabam-se eleições democráticas e até as “mais amplas liberdades democráticas” (as palavras entre aspas são de Álvaro Cunhal).

 Por isso, devemos dar valor e defender o pouco que temos, e, se possível, aumentá-lo”.

















Boa noite.

08 janeiro 2014

( 904) DE SOUSA NA ILHA DE CHICHARRITA, EL ÚLTIMO GATO DE LA HABANA.



Informa hoje o Gramma internacional digital.

Se Fidel Castro ( Presidente de Cuba de 1976 -2008 ) confessou em 8 de Setembro de 2010 ao jornalista Jeffrey Goldberg correspondenteda revista da The Atlantic 

“ O MODELO CUBANO JÁ NEM SEQUER PARA NÓS FUNCIONA “

(501 frases que marcam Portugal e o Mundo /Sábado/2013)

( Em Havana, a conversa com o antigo Presidente de Cuba dura há três horas- “falávamos sobre o Irão e o Médio oriente” quando finalmente o jornalista obtém a mais inesperada das respostas do líder da revolução cubana).

De Sousa foi aprender o quê à ilha do empobrecimento?

Não foi Otelo “O Fidel da Europa”, no PREC, vindo de Cuba eufórico  , lencinho de pioneiro ao pescoço , de regresso a Lisboa, ia encher o Campo Pequeno… “enfim, teria sido melhor se em Abril de 74 encostássemos à parede centenas ou milhares de contra-revolucionários “ (O Primeiro de Janeiro 15 de Junho 1975 página 10)?




Quarenta anos depois talvez sonhem com um Portugal ( na terceira bancarrota ) a comer  “croquetas de ave “.

Quem sabe!




















04 janeiro 2014

(903) O PASSADIÇO DO MOINHO PEQUENO ENTERRA NA LAMA 624 MIL EUROS.



















Surja o que surgir daqui
 ( tão em cima da miséria cultural do Barreiro Novo )
 melhor é impossível .

















E o que vemos em lixeira exige uma explicação, pois aquela “estrada” vai custar-nos 624.300 € - 125 mil contos na moeda antiga.


A" informação"  não vai além de umas facebookadas a sacudir a água do capote.

II

O discurso oficial é-nos revelado desinformando, umas vezes de vista grossa outras de vistas curtas,  baralhando … enfastiando!

No Barreirismo, de vistas curtas ou de vista grossa, seria inimaginável esta entrevista  :

Senhor vereador, considerando,

 que

 "O suposto muro... O processo de construção estudado por um projectista especialista (fora dos serviços da autarquia, porque não temos conhecimento internos nesta matéria) era que as estacas tinham de ser postas por barco. Verificou-se que equipamentos com essa possibilidade não se encontram no pais, e que para os disponíveis a altura de água não permitia cumprir o projecto"

Por isso a verdade jornalística exige-nos que descodifiquemos para os nossos leitores as suas declarações facebookeanas para sabermos se há uma estrada ou um passadiço:

Primeira confusão:
 se o empreiteiro é um especialista como não viu antes que não podia utilizar um barco para colocar as estacas e que estes nem existiam em Portugal?

Segunda confusão:
considerando que 
"Foi pedido uma alteração ao projecto que permitisse que a máquina das estacas entrasse por terra, nós autorizamos caso houvesse também cumprimento de um conjunto de regras relacionadas com a REN. E portanto objectivamente, sim aquilo tem de sair depois de postas as estacas",

explique-nos o que entende por “objectivamente” quando colado à construção civil porque vemos uma estrada e não foi peremptório em afirmar se esta sai ou não sai? 

Terceira confusão :
 se o orçamento apresentado está sustentado na base de um estudo por barco ou por “estrada” (de custos diferentes) está prevista a tal derrapagem “técnica” ?

Quarta confusão: 
Quem controla a obra?

Quinta confusão: 
O que diz o caderno de encargos da qualidade da madeira a aplicar na estacaria para não apodrecer dentro de uns anitos … partindo do pressuposto que não estão a construir uma estrada?

Sexta confusão: 
Se a análise e a descrição topográfica depende do levantamento topográfico ( ...na proposta!) então como aparece uma alteração posterior?

Sétima confusão: 
E se o cálculo estrutural descrito fôr para uma estrada…

III
Existem três tipos de funcionários : os funcionários notáveis, os funcionários vulgares e os funcionários desprezíveis .

(Sabedoria chinesa - Paráfrase popular de Shu Li)


Boa noite.