30 dezembro 2013

(902) HARMONIA.




“Harmonia era, na mitologia grega, filha de Zeus – o “Deus supremo, senhor do raio, do trovão e da chama, que governa o mundo “ – e de Electra.

Mas, segundo Heraclito (séc. VI a.C.), “ a bela harmonia nasce das coisas contrárias e tudo brota da oposição”. Parece, afinal, ser algo que brota de todo o lado, que permanece e perdurará.

A civilização grega considerava a harmonia cósmica com a “ordem bela do Universo “. E, nos nossos dias, continuamos a extasiar-nos perante a maravilha da Harmonia Universal. Quando à noite, nos sentamos serenamente a olhar os astros, podemos sentir-nos pequeninos perante a imensidão do universo, mas vibramos com toda aquela infinita Harmonia.

Poder-se- á admitir até que indivíduos menos atentos e os espiritualmente menos evoluídos tenham uma menor capacidade para se sintonizar com a Harmonia Universal.

Talvez não seja necessária a prática de qualquer ritual religioso para nos identificarmos com a Harmonia Universal. Ela está aqui e em todo o Universo. Ela existe agora e sempre.

A natureza irradia Harmonia. Podemos sintonizar-nos com essa Harmonia pelo nosso pensamento, pelas nossas palavras e atitudes.

Compreendemos que as Leis que regem o Universo são naturais e imutáveis, abarcando todas as partículas, desde a mais insignificante poeira cósmica até à maior das suas galáxias, passando pelos reinos mineral, vegetal e animal e, nomeadamente, pelo Homem. Cada uma dessas partículas tem espelhado em si o Todo.

Perante a imensidão do Universo, compreendemos a beleza das suas Leis, o prazer em nos identificarmos com elas.

Nesta perspectiva, o ser não se sente inferior a esta ou àquela entidade mais ou menos reverenciada, nem se sente superior seja a quem for.

Não sente necessidade de se ajoelhar ou de se deitar no chão voltado para um qualquer ponto, a fim de pedir favores a Deus ou a um seu representante. Mas aprende a elevar respeitosamente o seu pensamento, em qualquer local, haja o que houver, aconteça o que acontecer.

Sem necessidade de impor seja o que for, seja a quem for”.

(Ser Espiritual/Da evidencia à Ciência/Luís Portela /Gradiva 2013/1ª edição Junho de 2013 /13ª edição Novembro de 2013/ISBN 978-989-616-535-2.)





Boa tarde.

28 dezembro 2013

(901) A POBREZA IDEOLÓGICA.


Será a estrutura e a gestão de um município comparável à lógica que assiste a uma central sindical ou a um partido?














Um qualquer político do respeitável Poder Local atinge o limiar da pobreza ideológica quando confunde os limites da gestão municipal (para que foi eleito) com a agitação sindical-partidária de rua.














Quem não ficava chocado com esta encenação de mau gosto e deprimente na sua cidade? 














Uma cidade dita decente prestar-se-ia a estes espectáculos? 
Esta gente pretende convencer os seus ocupando o espaço público?

Mas os "seus " são muito poucos!














E se acrescentasse que o Barreiro não é terra de “comunistas “ estava a dar alguma novidade?

Basta reflectir e pensar em Setembro de 2013 que foram 14.380 (20%) os barreirenses que elegeram o candidato autárquico “comunista” saído de um universo de 70.590 (100%) (cadernos eleitorais).

Ora, 2.527 optaram pelo “branco/nulo” e mais 38.556 apelidados de abstencionistas temos só aqui 41.083 Barreirenses que não votam “comunismo”.

Não esquecendo que há mais 15.127 (os 8.877 do PS+2.848 do PSD+ 1.961 do BE+ 1.028 do MRPP+ 413 do CDS) que não demonstram “interesse” no “comunismo".

Sendo assim, já temos no total 56. 210 Barreirenses que não votam “comunismo”, o que quer dizer: 

 em cada 10 (dez) Barreirenses, 2 (dois) estão interessados no tal  “comunismo” e 8 (oito) não.

Como são muito poucos a carregar o andor dos amanhãs cantantes (que nunca chegam) precisam de gente de fora para animação da imbecilidade e esconjuro do “capitalismo”.

















Boa noite. 

24 dezembro 2013

(901) A FUNÇÃO SOCIAL DA HISTÓRIA.


A história fez-me deixar de ter dúvidas e a filosofia também. Ponto final.

No post  (888)-  Herr Heidegger o nazi que a esquerda adoptou -  escrevi: Posso recordar, um dia destes, a carta de João Franco ministro do rei dom Carlos a Oliveira Salazar com resposta deste? A democracia totalitária não vai enxovalhar? Pois !

- Bom Natal gente boa !

De João Franco para Salazar:

“Lisboa, 5 de Março de 1929.

Ex.º Sr. Oliveira Salazar, Ministro das Finanças.

Quem firma estas linhas não é já nada, nem ninguém, sem possibilidades de jamais voltar a sê-lo.
É um velho de 74 anos, mais alquebrado ainda pela doença que pela idade, e que a tudo assiste, e vê, quieto e calado.
 Mas não se foi politico por tantos anos e governante do País por não poucos também, sem se contraírem hábitos que formam como que uma segunda natureza. 
Um desses e inveterado é o de seguir com atenção e interesse os sucessos da vida pública, podendo e devendo dizer respeito, no presente no futuro, a Filhos e Netos que lhe fazem doce o viver.
 Acabo de folhear o seu relatório financeiro e, chegado à conclusão, disse convicta e unissonamente: Sursum corda. V.Exia. tem-se mostrado um homem raro de sinceridade e valor, sendo o Ministro das Finanças de Portugal carecia. Não oculto o dizer-lho. A cada um a sua mercê. Assim o pede a justiça e o quer Deus.
 Nada ganhará V.Exª em lho escrever, e eu também nada perco, mas sinto que faz bem manifestar-lho. Com toda a consideração e simpatia me subscrevo, de V.Ex.ª muito atento e admirador, João Franco”.

Carta resposta de Salazar:

“Ex.º Sr. Conselheiro João Franco.

Tenho adiado escrever a V. Ex.ª, fugindo a qualquer banalidade indigna de V.Ex.ª e de mim, ao agradecer-lhe as palavras que teve a bondade de dirigir-me.
Comoveram-me tão profundamente que nada mais desejo sobre elas dizer senão isso mesmo.
 Há pouco mais de vinte anos houve um político que levantou em Portugal um brado de reacção contra o descalabro da administração pública, e que o País na sua parte mais desinteressada e sã seguiu com mais do que carinho, com fé.
 Alguém obscuro, muito na verdura dos anos, sentiu então o contágio dessa fé, e pergunta agora por que desígnio providencial recebe a carta de aplauso que então desejava escrever, se tivesse uma parcela da autoridade que V.Ex.ª tem.
 Faço votos sinceríssimos pelas melhoras de V.Ex.ª e desejo-lhe do coração umas Páscoas felizes. Com a mais alta consideração, de V.Ex.ª admirador e muito grato, Oliveira Salazar. Lisboa, 31-3-929”.

















Bom dia.

12 dezembro 2013

(900) BARREIRO QUE FUTURO?

O folguedo de 20 de Novembro de 2013, reunião pública da CMB nas instalações do Sporting Clube Lavradiense a brincar com coisas sérias, acrescenta mais uma estúpida página negra ao Livro Negro do Barreiro Novo.

Pondo fora a algazarra a que nos habituaram, traquinices de boys e de seniores mal – educados anos a fio, seria em tempos de mudança um sinal de inteligência e de fair play as condolências à família Mello se o presidente da Assembleia Municipal acompanhasse o edil à Basílica da Estrela, em Lisboa, e  na missa de corpo presente (o que não seria nada doloroso para quem está habituado a andar debaixo do palio a mostrar-se ao eleitorado católico na procissão de 15 de Agosto em Honra de Nossa Senhora do Rosário).

Estariam  do lado certo da Cidade com  15,4 % de desempregados, a maioria deles à mercê do “pão de cada dia”  que nunca  faltou  com a CUF.

Preferiram o lado errado!

Assertivo Morteira Nabo, no prólogo Ser Autarca (edição SAER Fevereiro 2013), expõe:

“A autarquia não é, nem pode ser, uma instituição que se limita a assistir e, na melhor hipótese, a reagir ao definhamento económico da cidade. 

Pelo contrário, deve afirmar-se como actor decisivo no desenvolvimento económico, social e cultural do país. 

Nos próximos anos, a concretização das mudanças necessárias na economia e sociedade portuguesa passa, determinantemente, pela capacidade de as autarquias e seus autarcas se assumirem  como agentes de transformações geradoras de riqueza e bem-estar para as suas populações e para o país “.



















Boa noite.

07 dezembro 2013

(899) OS AMIGOS DE GRESHAM


Sem sinais de pontuação
a lei da economia conhecida pela lei de Gresham da má moeda expulsar a boa moeda adaptada aos políticos e ao movimento associativo explica a causa da decadência e das lágrimas de crocodilo

Os políticos incompetentes afastam os políticos competentes Os dirigentes associativos incompetentes afastam os competentes

Os maus sócios afastam os bons sócios versus os maus munícipes afastam os bons munícipes das sessões públicas

Vox populi da lista confusa de Gresham

Ignorância

Imprescindíveis insubstituíveis cultos esquerda sociedade civil cineclubistas traquejo autárquico tempos áureos anti fascismo cultural contra poder ao estado novo não és mais antifascista do que eu

Vulgaridade

Autoritarismo interiorização mentalidade salazarista insubstituíveis omnipresentes valorização excessiva do ego blindagem ao indagar e ao novo a tudo o que chega outras mentalidades desempoeiradas a abater 

Facilitismo

Promiscuidade cash flow contabilidade criativa pontapés na gaveta secretismo politicamente correcto malta porreira coitadinha vida difícil vai devolver  paga em prestações à paga paga porta sim porta não

Aldrabice

Funcionamento artificial associativismo à custa subsidio dependência aluguer de salas para isto para aquilo paga água e luz

Golpada

Debandada massa associativa destruição livros destruição bibliotecas negócios bejecas ipss amiguismo afilhadismo compadrio

Politica

A saga do fascismo versus antifascismo

Associativismo do absurdo












Caso de estudo o Futebol Clube Barreirense despojado do seu campo de futebol D. Manuel de Melo na indiferença da sociedade civil e da massa associativa sem qualidade de um património no valor de muitos milhões de euros













Caso de estudo o Praiense despejado da sua sede antigo Café Barreiro na indiferença da sociedade civil e da massa associativa sem qualidade na origem de um despejo arbitrário compulsivo 

Etc


















Boa noite.


05 dezembro 2013

( 898 ) STRAVOGUINE.


Se Stravoguine crê, não crê que creia.
Se não crê, não crê que não creia.
(Os Possessos de Dostoievski)
 


















II
Foi a nomenclatura do elitismo foleiro da esquerda delirante do igualitarismo mais a politica dos vendilhões mais o 25 de Abril desvirtuado que contribuiu para o apodrecimento do associativismo barreirense.

O oportunismo a mediocridade a ganancia política a estupidez são também os grandes responsáveis do definhar do associativismo histórico que notabilizou o Barreiro contrário ao “associativismo” tribal a perder pessoas nas colectividades. É a contradição dos totalitarismos.

Não há associativismo sem pessoas!

O associativismo é uma força humana que não precisa dos partidos dos políticos profissionais não precisa do poder autárquico; precisa de ter a cabeça no lugar e de tomar as decisões que mais lhe interessam, sempre foi assim. 

Com uma massa associativa compatível e interessada e participativa com qualidade. O desafio no século XXI é fazer coisas com gente de qualidade.

Sem isto a morte é imediata em tudo.

Na rápida e irreversível destruição, do associativismo da industrialização e da república do século XX, é preciso enfrentar os medos e os tabus e para isso seria necessário um 25 de Novembro nas colectividades, associações e cooperativas. 

Este Ali Bá Bá é incorrigível, só abatendo-o … no bom sentido. Sem isto acontecer qualquer aditamento é conversa de café.

A lista dos tabus não é muito grande e com os dedos de uma mão chegam para os contar.

Cristina Granado (Cooperativas de consumo em Portugal /Colibri/1998) no seu mestrado analisou o sector cooperativo e concluiu que a cultura nacional, a identidade e a ausência de lideranças carismáticas são os factores mais importantes que influem nas dificuldades e atrasos na mudança para a modernização.
















Boa noite.