13 fevereiro 2013

(832) LA PENSIONÁRIA.




(Não confundir com a revolucionária inflamada La Pasionaria (1895/1989) e o seu ” No pasarán “.

Esta viveu na URSS até à morte de Franco, regressando em 1977 para ser eleita deputada comunista.

Dolores Ibárruri uma inimitável no seu tempo…e fora dele, para chatice de muita gente aqui!)

A minha terra está cheiinha de Las Pensionárias e todas elas também são mesmo muito inflamadas.

Pensionistas – uma plataforma superior ao comum dos reformados – mamam no privilégio da ADSE e deslumbram-se com o que escrevem no desassombro de nunca concluírem um pensamento, mas, contrariando sempre o dos outros.

Não dizem, nem nunca ficaremos a saber, onde iriam buscar o dinheiro para financiar (pagar os tais salários!) o Jornal do Barreiro e os seus custos fixos que não se compadecem com as vendas ou a falta de publicidade e de leitores- pagantes, e, nas últimas décadas muito poucos barreirenses lhe deram crédito ou atenção.

Seria esta a discussão que eu gostaria de ver na minha terra, agora sem um único jornal impresso, e não a vejo. Vejo a maledicência barata habitué e ódio. Gerar a confusão!

Como também gostaria de ver discutida a razão e o porquê do pêcêpê ter encerrado o seu “Voz do Barreiro” (…sem leitores e jornalistas!) pouco tempo depois de o adquirir 

[e o discurso escondido da falência do ” O Diário” (escassos o liam e o compravam) que se transformou num buraco financeiro e acabou com este “Avante Quotidiano”; como escondem a Heska da RDA, na Amadora, o papel e a impressão do jornal de borla; da CDL, distribuidora de livros; da Caminho editora. Sem resultados financeiros seguiu-se a trama de um escondido despedimento colectivo em prejuízo do individual, (com a anuência dos camaradas da CGTP apoiados na lei Cavaquista de 1989, feita para facilitar os despedimentos colectivos, e o pê cê pê que sabe muito bem gerir os seus negócios aproveitou) só na “ a verdade a que temos direito” mandaram para o desemprego mais de uma centena. Não procure no Google, nada consta!] .


Na boa  tradição soviética de apagar da foto o que “nunca existiu”. 




- Oh camarada, não percebes que tudo isso interessa pouco. Não percebes que somos uma família, uma grande família e que acima de tudo temos de defender a nossa família! 
(página 86 /Raimundo Narciso / Ambar 2007)

Boa tarde.


04 fevereiro 2013

(831) UM LUGAR AO SOL



Não te ofereço poemas de vitória:
os meus versos só falam do que existe
Não cantarei a esperança:
só a força que contra tudo subsiste.

Não teço os meus poemas de futuro:
corto-os nesta carne de que somos.
Se vives de sonhar
eu vivo de viver – e é mais duro!

1949 /Adolfo Casais Monteiro (1908/ 1972)

Bom dia.