31 agosto 2012

(791) O DOGMATISMO INTOLERANTE DOS PEQUENOS E MÉDIOS INTELECTUAIS BARREIRENSES.



Este Barreiro Novo, um iogurte fora de prazo feito pelo comité central do pêcêpê, está virado do avesso com a guerra santa de Agosto;

uma jhiad contra os fascistas deve ser feita sempre em casa e no meio de muito povo, algazarra, correrias, bem regada de bejecas, um vinhito mais uns bagacitos umas ginjinhas com elas ... as virgens, numa mistura explosiva já habituada a parir os seus revolucionários de faca e alguidar para alimentar o “estado a que isto chegou”, (uma velha frase de Eça dos finais do século XIX muito antes das chaimites de Santarém. Fica o esclarecimento.)

-O Barreiro é pequenino, mas é um torrãozinho de açúcar!

“ Pode levar muito tempo até a confusão passar”.

“Vai passar, camarada. A maldade também precisa descansar “.

II

Estes outros camaradas com “altas responsabilidades”, um na doutrina o outro na ideologia, “deviam reflectir sobre o processo histórico”. “Estudar um pouco” antes de rabiscarem:

O camarada que se ocupa da doutrina, confessa, nas “entrelinhas do seu subconsciente” que o anticomunismo ganhará o Barreiro nas próximas autárquicas de 2013 se conseguir desmontar a demagogia institucionalizada, destes últimos dois mandatos, que nos prendeu ao Estado Novo de Salazar e nos impede de avançar para o futuro.

[ O eleitorado barreirense - dividido desde 2001- está esclarecido; tinha razão: o pêcêpê vive aterrorizado com o neo anticomunismo e a desmistificação do comunismo, uma ideologia ditatorial que teve o seu tempo.]

"Isto aqui não é mais musseque! Eles lançam o lixo na caixa dos elevadores. Tem lixo quase até lá acima."

"Agora é um prédio elegante, de muito respeito, como no tempo do colono."

O camarada ideólogo, um especializado na teoria geral do esquecimento, esconde os “erros” de um milhão de retornados e filhos expatriados na miserável descolonização exemplar, feita, para os camaradas do imperialismo soviético:

“O sistema socialista foi desmantelado, pelas mesmas pessoas que o haviam erguido, e o capitalismo ressurgiu das cinzas, mais feroz do que nunca. Sujeitos que, havia ainda meses, bramiam em almoços de família, em festas, em comícios, em artigos nos jornais, contra a democracia burguesa, passeavam-se agora muito bem vestidos, com roupas de marca, dentro de veículos refulgentes”.

“Quero os nomes dos fracionistas. É preciso encontrá-los, amarrá-los e fuzilá-los”.

Os diamantes de sangue?

III

O luto continua.

 O genocídio?

Bom dia.

Nota:

… na África de Agualusa, a vida real é assim mesmo.

José Eduardo Agualusa /Teoria Geral do Esquecimento/237 páginas/Maio 2012/dom quixote.