31 julho 2008

CANTAR DE GALO

Um caso estudo a nível nacional (excluindo a Madeira) de acumulação de tarefas e azáfama politica em que vive esta Autarquia utilizando meios e recursos não acessíveis a “outros”.

Falo nisto como se houvesse no Barreiro outros merecedores e dignos destes meios e recursos, mas, não encontro!

Então se não os há porque não deixar estar as coisas como estão?

Não há memória de tanta propaganda encapotada ou às descaradas nestes últimos trinta e quatro anos.


Não passa uma semana que não se veja nos jornais mais um protocolo, ou o dia disto ou o dia daquilo, com claque flores fotos jornalistas gente aperaltada dobrada sobre uma mesa com bandeira a assinar qualquer coisa para um qualquer boneco que vai ficar no subconsciente dos eleitores barreirenses em 2009.


Paradigmática a última mise – en – scène na forma de comunicado à população , a encerrar para obras a Avenida Alfredo da Silva por um mês, tem nos interstícios da necessária informação a subtileza de uma campanha eleitoral permanente:



Estamos a construir um Barreiro novo por isso, sabemos que apesar dos inconvenientes que todas as obras sempre incluem, valerá a pena!

No sentido de esclarecer dúvidas e debater, com a população, a Requalificação do centro do Barreiro temos o prazer de o convidar para uma reunião, a realizar no dia 1 de Agosto, no Auditório da Biblioteca Municipal do Barreiro, pelas 21, 30 horas.

Porque a memória é curta, é isto que vai constar em finais de 2009, no subconsciente dos eleitores barreirenses.

Boa noite.


29 julho 2008

A DESCOLONIZAÇÃO ABERRANTE: ENTENDER O “RACISMO” DE ONTEM PARA COMPREENDER O RACISMO DE HOJE.

Este tema ainda enerva pessoas de bom senso que saibam do que se fala.
Um tabu miserável, da sociedade portuguesa, como miserável é a história escondida da chamada guerra do Ultramar (para os que lá estiveram) ou da guerra Colonial (para os que fugiram) e da dita “descolonização” e dos “colonizados”.
O tema querido dos nossos jornalistas do “racismo do politicamente correcto” não é de hoje!
A historiadora e jornalista Helena Matos, sem medos, recorda hoje no Público, a parte da história portuguesa mal contada. Não resisti a trazer aqui as passagens essenciais.

(…) na secção Local , uma noticia intitulada Desordem em Loures provocou nove feridos transcrevia umas breves declarações do comando Metropolitano da PSP para em seguida passar descrever, sem mais explicações, o assalto a um supermercado em Setúbal.
Não sendo Lisboa em matéria de crime a cidade do Rio de Janeiro, nove feridos “ numa desordem entre moradores “ mereceria outro tratamento.


Logo aí tinha começado a explicação sociológica dos mesmos:

“ na Quinta da Fonte os habitantes têm “carências sociais e económicas “,
estando muitos dos moradores no desemprego ou a receber o rendimento Social Garantido “

(os pobres são de facto, umas almas pacientes, pois não só raramente se revoltam como ainda têm todos os dias de ouvir, a propósito dos mais inqualificáveis comportamentos ou crimes que isto se deve às “carências sociais e económicas)

caiu por terra a estapafúrdia versão dos moradores que se desforram das suas carências desatando aos tiros entre si.

Mas o que sucedia na Quinta da Fonte não era a história que os jornalistas estavam preparados para contar.

Na Quinta da Fonte, estava suposto que negros e ciganos se davam muito bem e cruzavam flamengo com kizomba.

A existir alguma intolerância, ela teria de nascer no meio de brancos, de preferência taxistas, sempre se arranjaria algum branco que, tendo comprado um andar à antiga cooperativa, temia agora que tão colorida vizinhança lhe desvalorizasse o investimento.

A realidade trocou as voltas aos jornalistas.

E estes ficaram sem palavras para contar a história, tanto mais que havia que escrever ciganos e pretos, termos que, por escrito, só podem existir para falar de festas, casamentos, tradições, ONG e denúncias do racismo praticado pelos brancos.

Tal como o deveria ser tudo o que não escrevemos sobre a partida dos portugueses de África.

Entre Agosto de 1974 e o início de 1975 os portugueses em fuga de África mal se vêem nas páginas dos jornais.

É claro que se fala deles mas com o incómodo e os rodeios de quem tem de dar uma má noticia no meio duma festa.

Esta é a fase em que os fugitivos são necessariamente brancos pois facilmente se integram no estereótipo que deles traçam homens como Rosa Coutinho que os classifica como “ elementos menos evoluídos que têm medo de perder as suas regalias “ ou Vítor Crespo que os define como “ pessoas racistas que não abdicam dos seus privilégios “.

Os jornalistas portugueses usam então tranquilamente expressões como
“ brancos ressentidos”, "brancos em pânico” ou pessoas que “reivindicam um desejo de viver um mundo que já acabou”

para referir a maior fuga de portugueses nos seus muitos séculos de história.

Os primeiros a chegar, logo em Agosto de 1974, ainda tiveram jornalistas à espera.
Mas semanas depois, quando a catástrofe se torna não só óbvia como incontornável, as noticias sobre o “regresso dos colonos “ quase desaparecem e o que temos cada vez
mais são longos artigos sobre a descolonização cheios de declarações de líderes ou candidatos a tal.

Jornais enviam repórteres, estes relatam com detalhe e parcialidade as lutas pelo poder nos diversos movimentos – sobretudo em Angola.

O drama das pessoas parece-lhes uma fatalidade histórica.

Fatalidade aliás inscrita no termo por que haveriam de ficar conhecidos: passada a fase caricatural dos “colonos brancos”, ainda se experimentou “ deslocados do Ultramar “ ou desalojados.

Por fim surgiu o salvífico termo “ retornado”, pese muitos deles não estarem a retornar a parte alguma porque simplesmente tinham nascido e vivido toda a vida em África.

Refugiados, termo usado então e agora com bastante ligeireza, é que eles nunca puderam ser.

(..) os mesmos jornalistas que poucos anos antes tinham denunciado vivamente a expulsão de Portugal do dançarino Béjart eram agora incapazes de criticar a expulsão de Angola e Moçambique de jornalistas estrangeiros .

E de que eram acusados esses jornalistas?

Fazer notícias fundamentadas em “ opiniões particulares “. Ou seja ouvirem as histórias das pessoas e não apenas as versões da História que os dirigentes repetiam.

Não existe uma data precisa para definir o momento em que se tornou patente que os retornados estavam longe de ser todos brancos, mas quando a ponte aérea os fez desembarcar às centenas de milhar em Lisboa tornou-se evidente que muitos deles eram negros, mulatos, indianos… com cores e hábitos de vida muito distantes do tal boneco do fazendeiro branco de chicote na mão, a que inicialmente foram reduzidos.

Perante o mal-estar que a sua simples existência causava os fugitivos passaram rapidamente da caricatura ao esquecimento.

“ Por favor não me contes a tua história” – é um pedido que nenhum jornalista verbalizará. Mas, no silêncio e na falta de nexo de muitos textos é esse pedido que se encontra.



28 julho 2008

GURUS, PINÇAS E LACRAUS

Não há cão nem gato português que não goste de opinar.
Uns opinam por opinar.
Outros opinam por gosto.
Outros opinam por que vivem do opinar.
E vivem bem!

Agarro dois gurus que vivem do opinar: Pacheco Pereira e Miguel Júdice.

Especialistas no agarrar assuntos polémicos com pinças, raramente se antecipam aos factos complicados que “pinçam” ; isto é:
fazem os prognósticos depois.

Como não podia deixar de ser opinaram – depois dos acontecimentos – sobre as lutas tribais entre autóctones e gentios na África – do – Faz – de – Conta, que vai da Amadora à Amoreira.

Opinava M.J.:

” Na Quinta da Fonte, bandos de desordeiros destruíram casas e património de terceiros. A comunidade cigana, que foi vitima de tais actos, saiu da zona com ruído “.

Material bélico … ruído!

Por sua vez P.P. mais contido:

“ Os pobres que trabalham são particularmente duros com os pobres que vivem de subsídios, em particular se partilham as mesmas comunidades”.

Daqui se conclui que P.P. - que sabe tudo e conhece tudo - não conhece o Barreiro Velho.

O caricato, que ninguém aborda, encontramos há muitos anos pretos a trabalhar no duro, na construção civil, nunca encontramos ciganos no trabalho a enriquecer o PIB como fazem os primeiros.

Muito provavelmente estes senhores têm ao seu serviço pretos, mas, certamente não têm ciganos!

A obsessão do anti-racismo, do politicamente correcto, esconde sempre uma outra forma de racismo.

É-me indiferente.

Boa noite .

27 julho 2008

MADDIE A VERDADE DA MENTIRA. A DIGNIDADE DO PROFISSIONAL. O POLITICAMENTE CORRECTO

Respeitando rigorosamente os regulamentos, mantive-me em silêncio, este, porém, era dilacerante para a minha dignidade (…) a busca da verdade material, não se deve preocupar com o politicamente correcto.

Escreve Gonçalo Amaral




Eis dois temas que me fascinam, porquanto dificilmente encontramos alguém com responsabilidades que defenda a sua dignidade e na sua actividade ( profissional ou politica ) não tema o politicamente correcto.

Não venho opinar agora o que nunca fiz sobre este caso.

Desde sempre foi minha convicção que o triste desaparecimento da pequenita inglesa com quatro anos passou em poucas horas de um estranho caso de polícia a um mais estranho caso de politica bajuladora à portuguesa.

Se me desaparecesse um filho a última coisa que imaginaria era contratar um porta-voz! (Mário Crespo)

O caso Maddie transformar-se-á dentro de algum tempo num absurdo caso estudo das obscenidades da política “internacional” ? (e o Vaticano?)

São médicos os pais da miúda.


É difícil interiorizarmos que esta profissão não está acima de qualquer suspeita?
( saiba mais na última SÁBADO )

É um facto sobejamente conhecido nos Países culturalmente subdesenvolvidos, como o nosso, a subserviência emocional – por educação – de tudo e de todos (temores oriundos dos tempos da inquisição) a “estatutos sociais” de quem tenha visibilidade como o médico o jornalista o comentador o deputado o dono disto e daquilo o presidente o doutor o engenheiro o major o arquitecto o juiz o comendador o apresentador de TV o jogador de futebol o padre a gaja e o gajo do jet set a muitos muitos mais, estes, acima de qualquer suspeita … nunca estão à mão e o zé povinho acredita neles .

Recomendo a leitura do livro apresentado por um ex-director da Policia Judiciária José Marques Vidal (juiz, escreveu em 2004 Justiça em crise, editado pela Quetzal).

Ficamos com pistas avulsas para muitas perguntas de como funciona esta coisa de “ transparência de meios” “estruturas policiais” “ligações” “politicas” etc. e “este” Ministério Público?


Boa noite

Maddie
A verdade da mentira
Gonçalo Amaral
Edição Guerra e Paz
Julho 2008
13,00 €

23 julho 2008

O EMBUSTE DA CONVIVÊNCIA DE CULTURAS

Aprendemos uma coisa nestes últimos dias:

Em Portugal a convivência entre culturas é um embuste.

É uma invenção muito recente de parolos, de políticos matreiros e de organizações manhosas, que sempre esconderam que o racismo não partia unicamente da raça caucasiana, agora está provado com factos, que nas outras raças, as “vitimas” quando podem, são racistas dos mais violentos a recordar os Ku Klux Klan onde o racismo de supremacia não é palavra vã.

Viu-se!

Á conta desta mal contada "história " das raças,

quem não quer trabalhar (incluindo a raça caucasiana) dos pretos aos ciganos, passando por outras mais ou menos discretas, que se apunhalam entre si na Mouraria, tem uma oportunidade:

Chular os dinheiros públicos. O Estado e a Constituição autorizam.


Então , onde estão os racistas?

Se este bordel democrático da “convivência de culturas” fizesse parte da nossa cultura nunca comemoraríamos o centenário da CUF.

Em todos os países europeus o debate está aberto.

Quando iniciá-lo aqui?


Boa noite

21 julho 2008

UM MINISTRO A DAR UNS CHUTOS NUMA BOLA DIZ TUDO

Não me interessa minimamente discutir ( a brincar ) ciganos.
Estejam no Barreiro Velho, na Quinta da Mina ou da Fonte.

Não discuto ( abrincar) casos de polícia e muito menos de promiscuidade democrática.

Porque não tenho policias com quem discutir e muito menos tenho políticos decentes com quem falar.

A foto do Público de hoje na página 8 dá-me, infelizmente, razão.




O senhor encasacado a dar uma de gajo porreiro, na Cova da Moura, não é um gajo porreiro qualquer, é o maçon, socialista e ministro da Administração Interna.

Ministro dos polícias que arriscam mal e porcamente a pele na intermediação dos combates entre gangs.

Daqueles gangs que desfrutam de bem-estar à conta dos dinheiros públicos para os quais não contribuem com nada.

Não têm bem-estar?

Então construam por sua conta e risco favelas como no Rio de Janeiro e verão o que é o bem-estar.

Entretanto, 200 ex-combatentes vivem nas ruas

(Imagino que a maior parte deles é vítima do stress pós traumático)
A Associação dos combatentes do Ultramar Português estima em duas centenas o número de antigos militares a viver nas ruas, para as quais defende a criação de estruturas de apoio social e de lazer actualmente inexistentes.

Apelaram ainda ao governo para que peça ao à Segurança Social que faça cumprir os protocolos que estabelece anualmente com as IPSS, para que uma percentagem das vagas seja destinada a estes casos.

Encetaram também contactos com a associação Nacional dos Municípios para que as autarquias identifiquem ex-combatentes que vivam nas ruas.

É esta a III ª República que temos.
A cair de podre como caíram a primeira e a segunda.


Boa noite



19 julho 2008

BAIRROS DO DESESPERO

PODEMOS SEMPRE AFIRMAR QUE A CULPA É DOS CIGANOS,
E QUE É A SUA CULTURA QUE OS OBRIGA A VIVER DESTA MANEIRA.
MAS ATÉ QUANDO É QUE VAMOS PERMITIR QUE ESTE TIPO DE MENTIRAS NOS CONCEDA ALGUMAS NOITES DE SOSSEGO NO CONFORTO DAS NOSSAS CASAS ?


Leia mais no OBSERVATÓRIO do novo Director do JB link no título jornal papel de 18 de julho 2008.


Palavras sábias!


Parabéns .


Comovido até pensei nisto:


PROJECTO DE REFORMA
NA QUINTA DA MINA


ESTÁ DISPOSTO A ACOLHER FAMÍLIAS DA QUINTA DA MINA MAL ALOJADAS ?

QUANTAS PESSOAS PODERIA ACOLHER EM SUA CASA ?

COM QUANTAS PESSOAS, TENDO EM CONTA O SEU MODO DE VIDA , PODERIA COABITAR NESSAS CONDIÇÕES ?

POSSUI UM APARELHO DE TELEVISÃO, UM FRIGORIFICO UM CARRO QUE ELAS PODERIAM UTILIZAR COM OS MESMOS DIREITOS QUE OS SEUS ?

Não seria um bom projecto para o Partido Socialista do Barreiro ?


Boa noite .



18 julho 2008

DEPOIS DA PIDE AGORA SÃO OS CIGANOS A TIRAREM-ME A LIBERDADE.

O título não é meu pertence a um jogo, dos muitos, em moda num jornal on line muito apreciado pela cúpula pensante do nosso burgo.

O jogo é muito fácil e ganha quem tiver mais gente a jogar :

Um jogador (por vezes chamado de colunista, opinista, cronista) de um determinado círculo de amizade escreve umas coisas.

Em seguida uns quantos jogadores defendem ou combatem as ideias (?) em jogo das coisas opinadas. Simples!

Não participo nestes jogos faz de conta pelo anonimato dos intervenientes e a mão do dono do campo , porém constato que encontro em alguns destes jogos, intervenientes com muita qualidade ,sinceridade e experiência pessoal com “prática de vida” .

Sem autorização do mesmo vou “roubar” o texto pelo seu valor cívico e de informação prática de J.Monteiro :

“Também partilhava uma opinião parecida com o do senhor até uma família cigana ter arrombado e se instalado numa casa fechada e desabitada em frente à minha.
Não pagam água, luz, IMI, etc. … cospem e deitam lixo para o chão, fazem barulho até altas horas da noite , e quando chamamos a PSP, a situação pouco se altera .
Uma vergonha.
E não é caso único, basta passar pela Avenida da Praia e pelo Barreiro antigo para o constatar.
Quando é que a CMB aprende com a C .M. Moita como é que se trata estes casos?
Passado 30 anos de viver nop Barreiro, acho que está na hora de mudar de terra.
Estou farto desta terra.
Depois da Pide agora são os ciganos a tirarem-me a liberdade.
Raios e coriscos para a CMB.”

Veja a “qualidade das jogadas”
link no título e acautele-se porque uma jogadora Maria (muito barreirense) deu-me uma ideia com isto:

“ Depreendo portanto que o senhor ( o que escreveu (?) umas coisas ) não se importaria, que a Câmara Municipal do Barreiro, através do PER, realojasse no prédio em que o senhor ( o que escreveu (?) umas coisas ) reside , algumas famílias ciganas , para que não se produza o tal efeito de guetização ? Verdade?
Isto caso, a CMB possua alguma(s) casa(s) , que seja(m) pertença da Edilidade , no edifício onde o senhor cronista habita ? “

11 julho 2008

SEDES COM O DEDO NA FERIDA DE SÓCRATES

Sabe-me bem acreditar que Sócrates não é o PS tribal.
Que tem poucos “amigos socialistas”.
Que não tem amigos maçónicos. Nem os tem na Opus Dei. Que não é beato.


Mas, não são poucas as vezes que desanimo neste raciocínio por uma única causa:

Por não inspirarem confiança é muito difícil confiar nos socialistas!

O texto oportuno emitido pela SEDES link no título vai ao encontro dos meus sentimentos nesta desconfiança.

Vejamos a confiança que inspira o Partido Socialista do Barreiro:

Juntaram-se em romaria-espectáculo para incriminar


o partido comunista do Barreiro e de uma sua vereadora de

“demonstrar ter enormes preconceitos relativamente à comunidade cigana, que não são conciliáveis com a sua manutenção no desempenho deste tipo de funções “ .

Discutiam eles num lugarejo anárquico (tal como o fizeram


no Bairro das Palmeiras um outro local da politica socialista do tostão)

a que dão o nome pomposo de Quinta da Amoreira um dos muitos locais do Concelho onde se desrespeita os dinheiros públicos.

Não tem o partido socialista do Barreiro (e todos os outros) se descartado de uma politica coerente no Barreiro Velho fugindo à questão principal:

O impasse político criado com o elevado número ilegal de ocupação da propriedade privada e negativo modus vivendi irreversível, como se coaduna tudo isto com o apelo a novos investidores na sua reabilitação?

Quando se discute, nesta terra, em minorias disto e daquilo a fomentar e a alimentar a preguiça em todas as raças e feitios, do PS ao PCP, passando pelo BE e PSD, venha o diabo e escolha!

Nunca tivemos sorte com os nossos políticos. E não é agora que vamos ter.

Politicamente o Barreiro é um caso perdido para o sucesso!

Boa noite.


10 julho 2008

A TERRA É PEQUENA, E A GENTE DELA NÃO É GRANDE.

Todas as coisas humanas têm o seu lado torpe, ou feio, ou ridículo.
É permitido à arte virá-las de um ou de outro lado quando quer “rir castigando”.
Pena é que sejam precisos estes protestos e declarações; mas a terra é pequena, e a gente dela não é grande.
Almeida Garrett in “ O Arco de Sant´Ana “.

Regresso sempre com a expectativa de encontrar algo de concreto e que me alegre nesta Terra que em tempos foi minha.

Pensamento positivo pensava eu, ao entrar na portagem de Coina:

- os buracos e os buracões ( que rebentam com os pneus, destroem jantes e suspensões) já estão tapados na vergonhosa via sacra que vai da rotunda do Lavradio , Bairro das Palmeiras, percorre toda a Avenida da Praia e contínua pela Miguel Pais?

Estão!

- (não esquecendo a ladainha de que tudo estaria pronto “dentro de dois meses”) será que a rede que veda o acesso da população à muralha foi retirada e o passeio Augusto Cabrita está empedrado com a nova ciclo via ao seu lado?

- Está!

- as pedras da calçada – dos n buracos no centro da cidade – estão no seu legítimo lugar?

- Estão!

Desilusão!

(com rede ou sem rede, será que há buracos fascistas e buracos anti-fascistas? Talvez!)

Mas nada, mesmo nada, acontece nesta terra?

Acontece!

O quê?

Politiquice!

O último 28 de Junho dia da Cidade (que comemorou o 24º aniversário de elevação a Cidade) agora “dia da raça dos filhos da terra” designa “uma terra de intervenção, de resistência, de combate e de luta “ neste “Barreiro Novo “!

Que coisa é esta de se chamar ao Barreiro “Barreiro Novo”?